terça-feira, 21 de junho de 2011

Serra da Peneda – Pelas Brandas do Sistelo

(Sistelo – Poço Negro – Padrão - branda do Alhal – branda de Rio Covo – branda do Baraçal - branda de Lamelas - alminhas do Couço – Poços – Branda de Boucinhas – Sistelo).


Extensão ------ 15,7 km
Data ------- 2011-06-18

            As vertentes da serra da Peneda que confrontam com a depressão do Vez, alojam um considerável número de brandas de cultivo e pastoreio, ocupando estrategicamente, a extensa área baldia da freguesia do Sistelo. Os magníficos socalcos que rodeiam a aldeia, fazem lembrar uma ciclópica escadaria, estabelecendo uma armoniosa ligação entre a ribeira e a montanha.
            A criação de gado interligava-se como o cultivo do centeio, da batata, e do milho. Os animais, podiam permanecer longas temporadas nestes locais da serra, obrigando a um constante vai e vem da povoação, que podia optar por pernoitar nas “casas da branda”. Evitava desta forma longas caminhadas. Havia ainda cardenhas, em falsa cúpula. No Rio Covo e no Baraçal, algumas destas típicas cabanas, ainda lá estão, com um piso térreo e andar. Este sistema agro-pastoril, alicerçado numa organização secular, foi-se desmoronando porém, devido às políticas do Estado Novo e à emigração. Nos tempos que correm, só os mais velhos é que se aventuram à serra, com a frequência que a idade lhes permite.
            O percurso mais utilizado para conhecer as “ brandas do Sistelo”, utiliza os carreteiros que ligam os lugares da Igreja e Padrão até ao Alhal, regressando pela Chã da Armada, com panorâmicas belíssimas. O Sistelo deverá ter entre 14 a 16 brandas, pelo que há muito a descobrir. Pelo caminho mais conhecido, atingimos a branda de Rio Covo.
            Para visitar a do Baraçal, descemos ao corgo de Lamelas, atravessando uma rústica pontelha. Um minúsculo trilho que a vegetação vai tapando, subimos ao Baraçal. Empreendemos o regresso, passando a pé enxuto o rio do Couço, perto dos Poços. Continuamos até às cabanas do “Altinho de Lordelo”.
            Neste local, derivamos para sul, apanhando o caminho carreteiro que termina no lugar da Igreja. Uma íngreme calçada, levou-nos a muito custo, até às Boucinhas. Continuamos a descer pelo mesmo carreteiro, tendo como palco a fita do rio Vez e os socalcos da margem esquerda, onde apesar de tudo o minifúndio persiste.








































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