domingo, 30 de janeiro de 2011

Serra d´Arga – Marcha pela Encosta Sul.

(Montaria – Santa Justa – fojo – calçada – Srª. do Minho – Chã Grande – Outeiro do Homem – “brandinha” – C. G. Folrestal – Fonte da Cavada – Encosta do Curral – Montaria ).


Extensão – 16,4 km
Data -----29.01.2001

          A  encosta  Sul, acompanha a margem direita do rio Lima. Permite um excelente passeio e belas vistas quer a partir do Alto da serra, como também doutros locais.
          Da Montaria até ao montículo onde está a capelinha de Santa Justa, a paisagem da Ribeira Lima surpreende pelos seus tons e contrastes. Pena é, que a encosta  que desce até à várzea minhota, esteja  completamente despida, em consequência dos últimos incêndios.
          De Santa Justa rompe-se na direcção do antigo fojo do lobo de Estorãos, cujas paredes já não existem e que não fica muito longe do caminho. Há que estar atento, para não descer demasiado na direcção do Cerquido e poder atalhar para a calçada medieval. Esta, sobe a encosta e termina na cumeada, não muito longe onde está a gruta da Srª. do Minho. Durante a subida, tivemos a companhia dalguns cúmulos, bem carregados, e que durante alguns minutos, descarregaram um misto de granizo e neve. Com céu limpo, o que não era o caso, a  paisagem  estende-se até às  cumeada da Peneda e Amarela.  Almoçamos abrigados junto à nova igreja.
          Prosseguimos  pela Chã Grande até ao Outeiro do Homem. A partir daqui, descemos por um caminho de pé posto que corre entre este outeiro e o Alto do Corisco, até à “ brandinha”. Chamamos-lhe assim, porque é um local onde há nítidos sinais de ter havido uma branda, à semelhança das outras serras do Noroeste Português. Ainda se identifica sem dificuldade, o curral e os cortelhos para abrigo dos pastores. O local está inserido no interior dum bosque onde passa um regato que vai engrossar o Regueiro dos Enxurros. Para lá chegar é necessário efectuar um desvio para NW a partir do trilho. Regressamos ao caminho inicial, apanhando de novo um misto de granizo e neve, desta vez mais intenso, mas de curta duração. Atravessamos outro afluente do  mesmo regueiro e continuamos até ao que resta da antiga casa da guarda da floresta, passando perto da  Porta da Vila.
          Regressamos à Montaria descendo até à Fonte da Cavada e continuando pela calçada que acompanha a Encosta do Curral.

 
 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Trilho da Arriba Fóssil de Esposende.

(Palmeira de Faro - Monte e castro do Faro – Castro de S. Lourenço – moinhos de vento da Abilheira – Srª. da Paz –  “ Picotinho”  - Poço do Lobo – moinhos de água da Abilheira, Anta da Portelagem – Palmeira de Faro).

                                                                     Extensão – 22,7 km
                                                                     Data -----2011.01.22
          Escolhemos a zona costeira de Esposende, para mais um percurso pedestre. Apesar da temperatura ambiente se situar no limiar dos zero graus, o dia estava soalheiro, nada fazendo prever o vento gélido que tivemos por companheiro, apesar da acalmia que se fez sentir na hora do almoço, o que nos surpreendeu.
          De forma articulada, o mar desenvolveu neste local, uma acção de desgaste, de transporte e acumulação dando origem à denominada “ Arriba Fóssil de Esposende”. Estende-se numa faixa de cerca de 15 km de comprimento com orientação N/S. O seu perfil alto e escarpado modelado pela erosão, tem permanecido até ao aos tempos actuais, devido a fenómenos que fogem ao âmbito deste texto.
          Subimos a encosta do monte do Faro com um vento gélido a zurzir-nos as orelhas, passando pelo que resta das edificações do povoado castrejo, bem visíveis a partir do caminho de acesso ao topo do monte. Nesta zona mais antiga da arriba, consegue-se avistar o Bom Jesus, bem como toda a zona costeira desde a Póvoa de Varzim para norte. Continuamos a marcha até ao Castro de S. Lourenço, povoado do bronze final, pelo que tivemos de cruzar a A28. As diversas escavações levadas a efeito, permitem observar não só as habitações circulares, bem como as muralhas do sistema defensivo.
          Após a visita rumamos na direcção dos moinhos de vento da Abilheira descendo por um trilho que serpenteia a encosta.
          De corpo cilíndrico, e remontando ao século XVIII, alinham-se pela encosta abaixo. Com dois pisos e cobertura giratória em madeira, respeitam o padrão Norte Atlântico. Junto ao moinho que está recuperado, e com o vento a dar tréguas, levou sumiço o vinho e o chouriço do Diamantino.
          Prosseguimos até à capelinha da Srª. da Paz, excelente miradouro para a corda marítima que se estende desde Viana até à Póvoa de Varzim. Contornamos uma pedreira e rumamos ao “Picotinho” outro excelente ponto de observação para o oceano e zona costeira. Regressamos à Abilheira, utilizando novo itinerário, com o objectivo de visitar os moinhos que aproveitam as águas do ribeiro de Peralta. Ficará para uma próxima oportunidade a visita às azenhas copeiras, do ribeiro da Abilheira.
          Com um pequeno desvio fomos visitar a Anta da Portelagem, acelerando pelos caminhos entre bouças, a tempo de chegar com alguma luz do dia ao ponto de partida. Terminamos com nova caminhada, desta vez pelas clarinhas e folhadinhos de Fão, percurso muito menos exigente do ponto de vista físico e também muito mais saboroso.