segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Serra da Boulhosa



Distância percorrida … cerca de 17,3 km
Data …………..........………. 2012.01.21



            Quem no dia 21 de Janeiro, preferiu o conforto dos lençóis, perdeu uma excelente oportunidade para conhecer a serra da Boulhosa, ampla rechã aplanada, privilegiada varanda, que rasga um horizonte sem limites desde as terras de Riba Minho até às cumeadas das serra da Anta e da Peneda.
            Território montanhoso predominantemente granítico, onde ocorre uma considerável mancha de granodioritos, estende uma das encostas até à serra do Extremo, albergando no seu seio um extenso carvalhal, e diversos monumentos dolménicos explorados em 1905 por José Leite de Vasconcelos.     
            Encastrado no granito de Monção, ergue-se o Castle Koppie do castelo da Penha (ou Pena) da Rainha, cabeça de julgado de um extenso território no período da reconquista, com  foral atribuido pelo rei Bolonhês. A esforçada subida até ao topo, é recompensada com as mais belas paisagens. Na sua vizinhança, fica o castelo das Furnas, também este cabeça mãe de um julgado medieval, assente no granito porfiróide de Monção.
            Partindo da Colónia Agrícola, descemos a encosta NE na companhia do imenso carvalhal e de outras folhosas, rodando progressivamente para Oeste, até atingirmos o caminho que nos levou ao castelo da Penha da Rainha. Fazendo uma pequena pausa junto à humilde capelinha de S. Martinho, subimos ao topo do esporão, onde é notório os encaixes das estruturas de suporte da torre de menagem. O local reúne diversas geoformas, que mereceram a nossa atenção, antes de progredirmos até ao povoado do Grandachão.
            Depois das últimas casas, o caminho acompanha-nos na longa subida até à Chã das Pipas, outro magnífico miradouro para os vales de Riba-Minho e Galiza. Encetamos o regresso a meia encosta, passando perto do VG do Cárdio, ora com ampla visão para NE, ou mergulhando no pulmão verde das resinosas, que fazem companhia aos imensos caminhos e pequenos trilhos que rasgam a montanha.




































segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Serra do Oural

Serra do Oural -  Nascente do rio Neiva, Mamoa do Talefe e vale da encosta poente (Armada, Bogalheira, Talefe, Nascente do Neiva, Mamoa do Talefe, Coto Grande, Monte da Rua, Teixugueira, Porto Bom, Armada)


Distância percorrida - cerca de 15,5 km
Data                         2012.01.14

          O dia não estava para grandes passeios, mas nem uma previsão pouco amiga nos fez desistir dos nossos objectivos. A serra do Oural ou monte Oural como lhe chama o povo, localiza-se no Maciço Hespérico, também designado por Maciço Antigo ou Maciço Ibérico, na subzona Galaico-Transmontana, onde predominam as rochas graníticas. Com vales amplos e largos é enquadrada a Norte pela bacia do Lima e a sul pelas bacias do Cávado e Homem. Perto do Talefe, tem a sua cabeceira o rio Neiva, cuja nascente se situa um pouco abaixo, na encosta poente, onde predomina o granito de Braga. Não muito distante, a cota mais elevada, localiza-se a Mamoa do Talefe, que apresenta nítidos sinais de ter sido violada.
          Partimos da Armada, continuando até ao VG pela encosta do Eido de Baixo, com um tempo carregado. Nos caminhos da Bogalheira, apareceu a chuva, que foi com o grupo até ao cimo da serra.
          Depois da visita à nascente, guiada pelo Oliveira, grande conhecedor do rio Neiva, continuamos até à mamoa. Retomamos a caminhada pela encosta Nascente muito fustigada pelos incêndios. A  espaços lobrigava-se o castelo da Nóbrega, Mixões da Serra e um pouco da serra Amarela.  O flanco NE da serra é de longe o mais belo, com os campos em socalcos protegidos pelos  bosques de carvalho roble. Desta encosta ainda conseguimos avistar a serra d´Arga e a cidade de Viana, com muito esforço, devido à nebulosidade.