Extensão – cerca de 11 km
Data ----- -- 2011.06.05
Data ----- -- 2011.06.05
Cumprindo uma secular tradição, milhares de romeiros e curiosos, rumaram a Santo António de Mixões da Serra. Além da estrada, qualquer trilho ou caminho serviu para lá chegar. E foram muitos os cavaleiros, com destaque para os mais jovens, que trotaram serra acima, fugindo à estrada alcatroada, fortemente congestionada.
Este acolhedor lugar da freguesia de Valdreu, edificado nas alturas da serra, vestiu-se a preceito e ganhou alma nova, para receber um mundo de gente, que encheu por completo o recinto da festa.
Evento religioso do mais puro que a cultura popular portuguesa tem para oferecer e vai conservando, é o exemplo da perfeita harmonia entre o profano e o religioso. Na origem desta antiga tradição, está a protecção que os pastores destas extensas encostas solicitaram a Santo António, na sequência de um período de grande dificuldade em que a peste e os lobos dizimavam os rebanhos, com grandes danos para a sua débil economia. O célebre imposto da “ décima ” cujo pagamento, obrigava-os à venda da uma ou mais cabeças de gado, para alimentar o fisco, e tornava a vida ainda mais dura e difícil.
O Santo, ouviu as súplicas que lhe foram dirigidas. O povo retribuiu, edificando uma pequena capela, mais tarde substituída pelo atual santuário de rústica beleza, afeiçoado às encostas da serra. Foi um dia de romaria e por isso de alegria, não faltando animação antes e depois da cerimónia. Um dia bem passado no alto das encostas, a que não faltou muita música, concertinas e o farnel bem regado com o verde da região, as tasquinhas dos comes e bebes, as barracas para a venda das bugigangas, dos doces e das recordações desta típica e genuína romaria minhota.
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