quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Serra da Peneda – Trilho da Portela do Lagarto.

(Portelinha, Coutadas, Aguieira, Portela e alminhas do Lagarto, Porto Ribeiro, Lamas de Cima, Porto dos Cavaleiros, Portelinha).


Extensão ------ 17,9 km
Data ------- 2011-10-15

            Com um belo dia de Outono e uma brisa maneirinha a ajudar, partimos da Portelinha em direção às Coutadas.  Cruzamos com o trilho que vem de Lamas de Mouro para C. Laboreiro, prosseguindo para a Agueira.
            Caminhando por entre um bosque de “Pinus Sylvestris” e  algumas manchas de folhosas, dobramos o V.G. da Aguieira, local onde atingimos a cota mais elevada do percurso. Segue-se uma descida até ao ribeiro de Tieiras, muito perto da estrada asfaltada, que liga o Soajo a Lamas de Mouro.
            A partir daqui, invertemos o sentido da marcha acompanhando o rio Mouro, que nasce no Lagarto. O trilho singra pela margem esquerda do rio, com uma ligeira subida até às alminhas da portela do Lagarto. Continuamos por entre bosques, até Porto Ribeiro.
            Atravessamos o rio Mouro numa velha pontelha, apontando a Lamas de Cima. Até ao Porto dos Cavaleiros o percurso tem ligeiras oscilações de cota, correndo por vezes entre lameiros.
            Depois de atingirmos o marco de fronteira nº 2, iniciamos a dura subida até ao lugar de Portelinha. Este trilho tem contrastes extremos, entre as belas paisagens que as folhosas nos proporcionam nesta época outonal e a dureza agreste das fragas. Autênticos campos graníticos, de intensa fraturação, onde os carrascos têm dificuldade em medrar.
            O “track” deste trilho foi carregado no Wikiloc pelo João Vieira que nos fez companhia, tendo-se aproveitado as alminhas do Lagarto para a respetiva foto de família.  
























sábado, 8 de outubro de 2011

Serra da Peneda – Marcha de Travessia

Etapa – C. Laboreiro – Santuário da Senhora da Peneda


Extensão ----- 16,5 km
Data ------- 2011.10.05

            Batiam as nove e meia da manhã no campanário da igreja românica de Castro Laboreiro, quando nos metemos ao caminho.
            Pela Cramadoira com a Fraga das Rúbias à nossa esquerda, atingimos a Assureira, sem sobressaltos. Nas zonas onde os carvalhais fecham a copa sobre o caminho, os mosquitos fazem-nos companhia, circunstancia que nos obrigou a andar mais depressa. Na Assureira, além da visita à ponte e à capela de S. Braz, impõe-se um desvio para observar a ponte da Cava da Velha, já fora do itinerário. Retrocedemos para tomar o caminho, que subindo ligeiramente, atravessa a ponte tardo-medieval da Dorna, conduzindo-nos até à última inverneira do percurso, denominada Entalada.
            Procuramos então a entrada para o “trilho dos romeiros” que  sobe até uma ampla rechã, iniciando por assim dizer a parte selvagem do percurso, umas vezes escondido na vegetação, outras referenciado por mariolas ou pelos sulco criados na rocha por quem palmilhou estes lugares, durante décadas. Um pouco à frente das Cruzes, o cenário é fabuloso. Paisagens graníticas que se estendem para lá da Ameijoeira, atravessando a raia, emergindo ainda as brandas para os lados do Giestoso. A zona onde estamos é agreste, sem vegetação, verdadeiro anfiteatro esculpido pelos fenómenos geológicos. Romeiro que atravesse estas paragens, terá sem dúvida a sua penitência cumprida na íntegra. A fraturação é intensa para os lados do vale do rio da Peneda, que não é possível observar, devido à barreira de granito que temos por poente. Observa-se porém com facilidade, a Chã da Matança e o trilho que corre para aquelas paragens. Continuamos, atravessando a linha de cumeada, passando entre os cabeços de Felgueira Ruiva e o Salgueiral. Um pouco mais à frente a paisagem transforma-se. A descida para o santuário, atravessa um bosque de pinheiros bravos. Num pulo, estamos na calçada que vai direita à pontelha do rio Peneda. A sua descida, obriga a diversas paragens, pois não é todos os dias que se observa o santuário, os quartéis, o povoado e o imenso escadório de uma posição tão elevada. A fraga da Meadinha, coroada pelo Penameda, vigia a nossa descida, mostrando-nos uma equipa a escalar o seu dorso, cuja progressão nos prendeu a atenção durante bastante tempo. Concluímos com satisfação a travessia da Peneda, ao mesmo tempo que uma crescente saudade nos ia invadindo, à medida que a hora de nos despedirmos da serra chegava.
            Terminamos como sempre, no Borralho, na antiga vila do Soajo, para reconforto da alma e do estômago, já que em Rouças só fazem reparações…