segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Serra da Cabreira - Serradela - Jadelo - Talefe - Fojos - Azevedas - Gaviões - Ribeiro do Toco



Extensão - cerca de 22 km
Data ----- 2010.09.25

          Destinamos o dia 25 de Setembro para subirmos ao Talefe e visitar os fojos do lobo, bem como dar uma olhadela ao Glaciar dos Gaviões.
          Partimos da Serradela caminhando pelo interior do bosque na direcção da Portela. Passada a fonte do Cofurco seguimos para o bosque do Jadelo, onde os castanheiros prometem um ano de fartura.
          Atalhamos para evitar os "esses" do caminho que nos leva até à turfeira da Chã do Prado. A velha cabana vai resistindo e está mais sólida do que a casa da floresta e o antigo estábulo, ambos completamente degradados. Pelo aceiro atingimos o VG ( talefe) onde tiramos a foto do grupo.
          Descemos a encosta Sul por carreiro e a corta mato até atingirmos o estradão que vem do Tranquete do Talefe e permite o acesso ao alto da serra. Prosseguimos até ao Fojo Novo que começa a estar rodeado de um imenso matagal.
          Caminhando pelo interior de um belíssimo bosque misto, atravessado por um pequeno regato e sempre que a vegetação o permitia, fomos ter com o Fojo da ribeira das Figueiras Bravas, mas só a muito custo é que chegamos perto do "poço", também meio destruído. Passando pelo Penedo das Bragadas atingimos o Fojo da Ribeira do Fojo ou de Agra.
          Subimos na direcção do Pau da Bela para ver de mais perto o seu muro interior, curiosidade que o distingue dos seus dois irmãos. Retomamos a marcha na direcção do Alto da Sentinela, para apanharmos o caminho que desce para as Azevedas. Este caminho é um dos locais que permite não só observar a cumeada do Gerês, mas também o Larouco e a junção entre os picos do Gerês e o planalto da Mourela.
          A bela mancha de carvalhos ao nosso lado direito, cobrindo a encosta que desce do caminho que vem do VG do Trovão, apresenta um estado preocupante, devido ao fungo que está a atacar os carvalhais em Portugal e Espanha.
         Na zona dos Gaviões, paramos para tentar ver o glaciar da serra da Cabreira. Mais à frente, encontramos o estradão que serve Espindo e Zebral, caminhando por ele na direcção da Portela. Perto daquela primeira aldeia tivemos de o abandonar para descer ao ribeiro do Toco, atravessando-o na velha ponte do Poldro. O antigo moinho ainda lá está, inútil mas firme como uma rocha. Subida a ladeira, viramos na  direcção da Serradela, onde terminamos.
       

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Marcha das Vindimas. Até ao lavar dos cestos ...

Extensão - 14,2 km
Data ----- 2010.09.18

            Setembro é o mês das vindimas por excelência e também das desfolhadas, prenúncio de que o ano agrícola está a terminar. É o tempo da colheita das uvas, dos aromas, das cores e também dos sabores  no Minho vinhateiro. Com este espírito, fomos no encalço dos vinhedos de Alvarinho,  percorrendo o verdejante paraíso da Ribeira Minho onde nasce, protegido pela Natureza. Os vinhedos com as suas cores douradas esperavam-nos, para a mais nobre actividade que se pode atribuir aos caminheiros nesta época do ano - "comer e andar".
            A princípio a coisa não correu muito bem, pois só estavamos a vindimar uvas tintas, embora de boa qualidade. Quem sabe se daqui a algum tempo não darão origem ao S. Rosendo Tinto? Não era porém isto que nos interessava, uma vez que estávamos à espera dos cachos de Alvarinho, bem recheados e que lindos e majestosos que eles são! A marcha tornou-se desta forma mais lenta que as “corridas” do programa - The Biggest Loser - em que os super- pesados são postos a correr!
            Fartos das uvas tintas, as críticas à organização não se fizeram esperar, até porque não passou despercebido o facto de inicialmente, alguns terem sido encurralados no cemitério com carro e tudo !!! - coisa que não se faz a nenhum cristão.
            A angústia tomou conta dos caminheiros,  quando se aperceberam que estavamos quase no fim da marcha e os cachos das uvas douradas não apareciam. Numa volta do caminho, enquanto o GPS indicava determinada direcção, optamos por outro itinerário, quem sabe se guiados por inspiração divina. Em boa hora o fizemos. Com efeito, o  tesourinho  estava escondido  nuns vinhedos à moda antiga, de ambos os lados do caminho, fazendo relembrar o conhecido ditado popular ... até ao lavar dos cestos é vindima!
            Belos cachos de uvas, volumosos  mas difíceis de arrancar à mão, contrariedade de que não estavamos à espera. Quem dispunha da ferramenta apropriada vindimou à vontade, e remeteu os mais desprevenidos para uma longa  fila de espera, muito parecida com a das  intervenções cirúrgicas  às cataratas neste país.
            Reconfortados por tão tardia aparição, fomos para o café da aldeia  discutir ideias e locais para a marcha do magusto, esperando que S. Martinho manifeste  mais carinho pelo grupo, do que no pretérito ano.