terça-feira, 4 de agosto de 2009

Marcha no Carvalhal de Corno de Bico ( Monte do Bico)

Grau de dificuldade: Moderado

Extensão : cerca de 14,5 km

Data : 2009.08.01


O dia 1 de Agosto nasceu abençoado por S. Pedro, facto que nos últimos anos tem coincidido frequentemente com o festival de Paredes de Coura. Este aspecto foi determinante, pois em alternativa à subida ao alto da Pedrada, as circunstâncias encaminharam-nos para mais uma visita à Paisagem Protegida de Corno de Bico.
Neste extenso bosque de folhosas, reina o carvalho roble. Acompanham-no outras espécies indígenas, que proporcionam abrigo a uma fauna variada. Distinguem-se ainda numerosos afloramentos graníticos, cujas formas arredondadas, resultam de uma persistente meteorização, responsável pelo tipo e permeabilidade do solo.
A sua florestação deu-se na década de 40 do século passado pelo Estado Novo, estando antes desta intervenção sujeita a grande pressão pela pastorícia. Convém no entanto ter presente que esta intervenção criou, sem dúvida, condições de difícil sustentabilidade às povoações locais, cuja débil economia dependia daquela actividade.
Nos dias de hoje, esta antiga Mata Nacional, é um sítio Classificado pela Rede Natura 2000, resultante da aplicação de duas directivas comunitárias - 79/409 CEE Directiva Aves e 92/43 CEE - Directiva Habitats.
Tentámos neste percurso, evitar ao máximo os habituais trilhos marcados, escolhendo de preferência e sempre que possível, os minúsculos trilhos do bosque.
Saímos pelos Currais fugindo ao lugar de Giesteira, parando na casa da Gandra. para observar a paisagem de Bocage, mosaico estruturante da arquitectura rural do Alto Coura.



Evitámos o caminho para o Alto dos Morrões rumando para poente na direcção de Túmio. Muito perto deste lugarejo, virámos para a Chã do Mouro, utilizando o percurso marcado, até ao estradão florestal.




Atravessámos aquele, seguindo inicialmente por um carreiro, que se perde mais à frente, caminhando debaixo das copas, até ao V.G. do Corno de Bico. Quando o atingímos, voltou a chover com mais intensidade, obrigando-nos a fazer uma pausa para podermos almoçar no miradouro, onde o vandalismo já fez os seus estragos.





Regressámos de novo pelo interior do carvalhal palmilhando outros caminhos, desta vez na direcção do moinho do Cuco. Um pouco à frente deste velho engenho, por um atalho bem disfarçado, entrámos de novo no coração da mata, onde até a chuva tem dificuldade em penetrar, até ao encontro dum povoamento de faias, muito perto da casa da Atalaia. Atravessámos uma pequena linha de água e subimos para a rodear a casa por poente.





Como não nos interessava percorrer o estradão, abandonámo-lo e utilizámos de novo, parte de um percurso marcado que nos levou de novo à casa da Gandra. Por um carreiro há muito abandonado, atingímos o caminho que vai para Giesteira, percorrendo-o um pouco. Onde se desvia para este lugar continuámos para norte, atravessando de novo a estrada, na direcção da ponte de S. Mamede. Num entroncamento rumámos para poente, de forma a atingirmos o ponto de partida, a tempo de irmos ver a corrida de garranos na freguesia do Bico.