quarta-feira, 29 de junho de 2011

Serra do Gerês – Pitões das Júnias / São João da Fraga 2011

 (Pitões das Júnias  – Porto da Lage – S. João da Fraga – Cascata – Mosteiro – Pitões das Júnias).

Extensão - cerca de 11 km
Data ---------2011-06-26

            Cumprindo a tradição, cujas origens assentam em tempos muito recuados, os Pitonenses, alguns curiosos e muitos devotos, subiram mais uma vez ao alto de um rochedo, onde assenta uma minúscula capelinha, a mais de mil metros de altitude, para celebrar o S. João da Fraga. A imagem é levada e trazida ao colo, para a alva capelinha, que ninguém sabe quem a construiu, preparada a preceito, para esta festa de raiz popular.
            Desta vez mudamos de estratégia. Ficou um “sherpa” no carvalhal do Porto da Lage a conta com as mochilas. Partimos “vazios” quando estoirou o primeiro foguete. Chega-se ao cimo por uns degraus talhados na rocha. Alguns, depois da dura caminhada, não aguentam e desistem, por vezes a poucos metros da pequena ermida. Depois da missa e das obrigatórias 7 voltas, irrompe o foguetório para o grande anfiteatro, abismo belo e profundo, que repercute o som.
            Regressa-se pelo mesmo caminho até ao carvalhal do Porto da Lage, para comer, beber, bailar e cantar ao desafio. Desta vez não tivemos desistentes. Quem foi, chegou mais perto do céu. Os novatos, pouco habituados, descansaram de olhos fechados, só acordando quando um finíssimo aroma provindo de um grelhador próximo, lhes despertou os sentidos.
            Estendem-se toalhas, desencantam-se mesas e cadeiras, e há quem salte de grupo em grupo, derramando alegria e boa disposição. A imagem do santo fica por perto, encimando um rochedo e presidindo a esta festa comunitária.
            Regressamos contrariados, visitando a cascata e o mosteiro de Santa Maria das Júnias. Alguém, colocou umas tabuletas com a seguinte advertência - “ Ruína Instável. Risco de Desabamento “. Assunto resolvido. É este o cuidado que se dedica a um M N que remonta, pelo menos ao século XII. A gente não é burra e percebe. Se estivesse na “capital do império” teria outros cuidados.































 

sábado, 25 de junho de 2011

Serra do Gerês - De Fafião à Lagoa do Marinho

(Fafião – Fojo do Lobo – Alto de Palma – Fojo de Alcântara – Lagoa(s) do Marinho)


Data ---  2011-06-23
Extensão --- 21,3 km


            Da Portela do Monte até ao fim do estradão, são cerca de 3,4 km. A partir daí, não há propriamente caminho, mas há “mariolas” e paisagens magníficas. Avistam-se as Sombrosas, adivinham-se ainda os vales da Touça e das Fichinhas. A Rocalva e a Fraga Negra, sobranceiras ao vale do rio Fafião, vão por sua vez, adquirindo diferentes perfis, à medida que progredimos. Dos cimos, avistam-se para nascente, as encostas onduladas da Cabreira, Alturas do Barroso, e uma ou outra aldeia barrosã.
            O percurso passa junto a dois fojos do lobo, com paredes convergentes, merecedores de uma paragem, até porque a zona envolvente é de uma beleza sem par. O primeiro fica à volta de 5 km da portela. O segundo, é designado na carta militar por de Fojo de Alcântara. Tem o poço orientado para as Portas do Abelheiro, e localiza-se muito perto do estradão florestal que se dirige para o Porto da Lage. Sendo ambos de paredes convergentes, traduzem o espírito comunitário do povo barrosão. As suas paredes estão ainda de pé, sendo difícil observar os poços, devido à vegetação.
            O encontro com aquele estradão, desperta-nos para o circo glaciar de Cocões do Concelinho, cabeceira do vale do Couce e também para o majestoso perfil do Borrageiro. Almoçamos junto à Lagoa de maior cota, regressando sensivelmente pelo mesmo caminho.