segunda-feira, 30 de maio de 2011

Moinhos de Folón e Picón

 (O Rosal, Viso dos Eidos, Martin, Ribeiro do Folón, Ermida de S. Martinho, Solteiros, O Picón, Rio Tamuxe, O Rosal).

Extensão – 12,8 kms
Data --- 2011-05-28
           Os moinhos do Folón e do Picón, situam-se na vertente nascente do monte Campo Couto no município do Rosal,  comarca do Baixo Minho.
           Na Galiza, desde o século XII, os moinhos, em geral, eram construídos e explorados  tanto pela nobreza como pelo clero, mediante foros.
         Este conjunto, dos séculos XVII e XVIII, porém nada tem a ver com os monges do Mosteiro de Cister de Sta. Maria de Oia, pois trata-se de uma iniciativa privada das gentes de Martin e de Picón. O rio Folón e o lugar do Picón estão na origem do nome.
         Formam um conjunto único na Galiza quer em disposição quer em beleza. No total são 71 moinhos pertencendo 36 ao Folón e 25 ao Picón tendo sido restaurados na totalidade há poucos anos. Em 1998 foram declarados Bens de Interesse Cultural pelo Junta da Galiza.
          Estão dispostos na montanha como se se tratasse de uma verdadeira cascata. O funcionamento é por queda de água com a particularidade de que a que abastece o moinho da cota mais elevada ser a mesma que abastece todos os outros até ao que está na cota inferior. Daí o motivo de se encontrarem em cascata e por vezes separados,  uns dos outros, por dois a três metros.
          Abandonamos o centro de O Rosal e dirigimo-nos para o lugar de Martin onde começa a subida para os moinhos de Folón. Fomos progredindo devagar na subida, e fomos parando para contemplar as “cascatas de moinhos” , imagens únicas neste noroeste peninsular.
        Na subida assisti ao nascimento de uma "estrela" !!!  A companheira de jornada, que dizia ser uma desgraça a tirar fotografias, depois de desafiada com uma máquina, lá mostrou o seu talento e surpreendeu pela positiva.
          Chegados ao "Nível", local onde se juntam os caminhos do Folón com os de Picón, desviamos para a ermida de S. Martinho para almoçar. Depois do descontraído almoço lá tivemos de meter os pés ao caminho para descer pelo lado de Picón. Tivemos saudades da brisa que corria no alto pois estava um calor abrasador.
          Digam o que disserem, apesar de serem muito bonitos, os moinhos de Picón não têm a beleza dos de Folón, talvez em parte devido ao arvoredo que existe no meio deles. Cascatas como os de Picón não existem.
          Já cá em baixo seguimos pela margem do rio Tamuxe até à Lomba onde pudemos admirar a última azenha devidamente recuperada.
          Que bom era ver em Portugal o carinho e o cuidado com que tratam a memória das gerações passadas !!!  No nosso lado mete dó. Talvez considerem “parolice”  cuidar dum património que foi dos nossos avós e que é nosso.
Povo sem memória é um povo triste e sem futuro !!!






Em tom de desafio e para que não desanime, todas as imagens que seguem foram tiradas pela "estrela" que brilhou nos caminhos Galegos.




























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