segunda-feira, 30 de maio de 2011

Serra da Galinheira

(Carvalheira – Poço do Gaio – Lagoa – Cachagõe – Paço – Galinheiras – CGF – Mourelo – Padrenda – Poço do Gaio – Carvalheira).



Extensão – 16, 7 km
Data --- 2011.05.26

          Destinamos o dia para subir a encosta sul da serra da Galinheira, prolongamento natural da serra Amarela. A progressiva separação faz-se à custa dos vales de fratura do rio de Germil e do rio de Tamente. Este último, alimenta-se do rio de Portuzelo que nasce na encosta virada ao rio Lima. A serra protege por Sul um fértil vale, com zonas bem largas e aplanadas, sulcado por inúmeros ribeirinhos, indispensáveis a partir do século XVI à cultura do milho, que teve grande intensidade nestas bandas, a avaliar pelos inúmeros espigueiros. É aqui que se encaixam a maior parte dos lugares da freguesia de Azias ( Santa Asias ), com uma agricultura de minifúndio e vinha predominantemente de enforcado.
           Percorrer o vale nesta altura do ano, é um privilégio. Ao som dos campanários marcando a marcha do tempo, juntam-se os cânticos da passarada, que se abriga nos velhos soutos e carvalhais, pagando desta forma o bom acolhimento. A ribeira das Galinheiras, separa-a das encostas de Mixões, alimentando a ribeira da Padrenda, por onde passou segundo alguns, uma via romana secundária, mais tarde caminho para Santiago de Compostela. A calçada está lá, bem como uma pequena obra de arte para a travessia da ribeira. Quem se aventurar a subir a serra, encontra a velha calçada antes de Paçô e caminhará nela por algum tempo, recomendando-se um pequeno desvio para visitar a capela do Bom Jesus.
         A partir daqui, é a serra da Galinheira, muito despida pelos incêndios, com alguns bosques de carvalhos bem antigos, onde o gado se abriga na hora do calor. Fizemos o acesso à CGF a corta-mato, um pouco custoso, mas o esforço é recompensado pela paisagem que dali se desfruta. Como se calcula, a construção está num estado lastimável, com acesso por quem vem dos lados de Portuzelo ou Mixões da serra, embora muito esventrado devido à erosão.
         Regressamos pela outra encosta do vale, com as serras da Peneda e Amarela na nossa frente. Atravessamos a ribeira da Padrenda mais a poente, para entrar em Azias pelos lugares da Igreja e Lagoa, fugindo de novo à estrada alcatroada, através dos belíssimos caminhos de pé posto, que atravessam o local denominado do Poço do Gaio.


















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