segunda-feira, 16 de maio de 2011

Serra da Peneda – No solar da vaca Cachena.

(Vilar de Cabreiro – Chã – Portela do Lagar – Costa dos Pinheiros – Avelar – Ramiscal – antigo caminho de Avelar para V. de Cabreiro).

Extensão – 12,3 km
Data -- 2011.05.14

          A cachena ou cabreira, é a mais “recente” raça bovina portuguesa, direito que adquiriu há mais de uma década. O nome é curioso, podendo estar relacionado com o seu porte reduzido, permitindo passar despercebida, quando se esconde no meio da vegetação ou das fragas. Alguns, por ser pequenina, chamam-lhe barrosãs anãs. Adapta-se muito bem às altitudes elevadas e à dureza da montanha, onde por vezes a vegetação é escassa. O seu solar é na serra da Peneda, mas pode encontrar-se noutros locais. Em Vilarinho das Furnas davam-lhe o nome de Vilarinhas. Esteve em perigo de extinção, mas a partir de 2005, o seu efectivo aumentou, não sendo alheio o trabalho desenvolvido, pela Associação de Criadores de Bovinos da Raça Cachena, em conjunto com os técnicos do Ministério da Agricultura.
          Seja como for, sempre nos habituamos a ver a maioria das cachenas desde a branda de Lamelas até às pastagens de Cabreiro, Sá e Gondoriz. Corresponde à zona de maior densidade, o que não quer dizer que não se encontrem por toda a serra da Peneda. No lugar de Lordelo, há um bom par de anos, chegamos a adquirir o excelente queijo que se fazia a partir do seu leite.
          Para as procurar, arrancamos perto das alminhas de Vilar de Cabreiro direito às pastagens da Chã, prosseguindo pela portela do Lagar. São zonas de pasto por excelência, com diversos currais e praticamente sem bosques para abrigo, substituídos por cabeços graníticos. É aqui que as cachenas pastam livremente, bem como grupos de garranas, onde os garanhões atentos, vigiavam o “seu” território.
          Continuamos até ao cabeço onde está o VG de Pinheiros, descendo junto a uns currais, muito perto do desvio para Avelar. Na última casa, tem início um caminho de pé posto que nos leva até ao rio, percorrendo um velho carvalhal. Junto à ponte que faz a ligação à branda da Carvalheda, almoçamos. Houve até quem dormisse, embalado pelo cântico das águas do Ramiscal, onde as lavandiscas ensaiavam os seus voos característicos, à procura de insectos.
          Para o regresso, o nosso objectivo era utilizar um caminho de pé posto que atravessa o carvalhal da margem esquerda, muito perto do rio, mas tal não foi possível por estar completamente tomado pela vegetação. Optamos por um outro, que atravessa a mesma encosta e o mesmo carvalhal a cota mais elevada. Tem a vantagem de permitir seguir o curso do rio, após a travessia do extenso do bosque.





































Sem comentários:

Enviar um comentário