terça-feira, 24 de maio de 2011

Serra Amarela – Moinhos de Parada e Penedo do Encanto

 (Poço da Gola – Outeiro do Sapo - Bouça do Colado – Parada – Chã da Cabeça – Poço da Gola)


Extensão – 11,1 km
Data --- 2011.05.21

          Juntando o trilho dos moinhos de Parada ao do Penedo do encanto, consegue-se ter um entretimento para um bom par de horas. Foi o que fizemos, procurando partindo muito próximo do poço da Gola, num troço fora de serviço, da antiga estrada da Barca para o Lindoso, no lugar de Parada, daquela freguesia. Permite deixar as mochilas nas viaturas e subir mais leve até à bouça do Colado.
          Antes do poço da Gola, encontra-se o primeiro moinho, e a partir daqui sobe-se até a um estradão que termina nos antigos caminhos medievais, que rompem pelo Outeiro do Sapo. As marcações vão faltando nalguns pontos críticos, à medida que vão aparecendo os caminhos de pé posto, mas estão lá os “mariolas” , que gente sábia os enquadrou com a Natureza e que raramente enganam.
          Os moinhos mais escondidos do rio da Ponte, obrigam-nos a sair do trilho para os visitar, mas os desvios justificam-se. Quando se roda para a bouça do Colado entre a Codeceira e as Lages, avista-se a cota muito mais elevada, a antiga casa da guarda florestal do Porto Chão. Significa que teremos de caminhar para nascente e subir até ao ribeiro de Mulas, que corre dos lados do Bugalhedo. Mais umas passadas, e depois da travessia da linha de água, surge o caminho carreteiro junto às bouças, que nos leva ao penedo do Encanto, ou se for essa a opção, mudar de agulha na direcção da Chã do Couto.
          Uma pequena placa em madeira, sinaliza a direcção a seguir para a respectiva lage. O povo acredita que a rocha principal, guarda ouro no seu interior, escondido pelos mouros. Daí que os ciprianistas o tenham tentado abrir. Sem um pequeno esboço ou fotografia, não é fácil descortinar as figuras esculpidas, mas com um pouco de paciência descobre-se o idiliforme, dificuldade que surge devido aos líquenes que cobrem a lage. Estima-se que se localizam temporalmente, entre o Neolítico e Idade do Bronze.

          Regressa-se ao lugar de Parada pelos caminhos carreteiros, transformados em verdadeiros ribeiros, devido às últimas chuvadas. Descemos na direcção da velha eira do Tapado com os seus típicos e seculares espigueiros, regressando às viaturas, para almoçar.
          Da parte da tarde efectuamos o trilho dos Moinhos, apreciando as encostas escarpadas em que termina a Chã da Cabeça. No fundo do vale corre o Lima. Aqui as marcações, apesar da zona ter sido atingida pelos incêndios do ano passado, não permitem enganos. Continuamos na direcção do pelourinho, passando á eira da portela da Leija, e daqui ao tribunal, paços do concelho e cadeia, do antigo concelho do Lindoso, terminando o percurso, no local onde o iniciamos.
          Não podíamos partir, sem nos despedirmos do senhor Américo Marinheiro, cada vez mais sábio e “ mais jovem “, a quem devemos muitos ensinamentos sobre a serra Amarela.




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