domingo, 24 de outubro de 2010

Trilho do Outono 2010 - Alto Coura

( Portela da Travanca – Chã da Campela – Alto da Braganda – Chavião – Corredouras –  Penim – Alto da Cortelha – Portela da Travanca)


                                                                        Extensão – 12,5 km
                                                                    Data -------  2010.10.23

          No Outono,a Natureza ajudada pela mestria do vento, cria belas coreografias. As árvores colaboram, despindo-se das suas folhas que bailam até ao solo, com magníficos coloridos. Despedem-se assim da vida, talvez mais belas do que durante a sua curta existência.
          É o tempo das colheitas, do vinho novo, dos cogumelos e das castanhas.  Nos bosques surge em cada recanto a  Croqus automnale, aquela tímida e frágil florzinha lilás, despertando-nos para caminhadas calmas, com serenidade e reflexão, quem sabe se o momento adequado para o balanço da vida. É o tempo dos cheiros das lareiras, das queimadas campestres, dos magustos, e dos caminhos atapetados de folhagem multicor.
          Por tudo isto, escolhemos um cenário rural onde abundam os bosques mistos, onde reina o sossego e a harmonia. Faltou a chuva miudinha da época, para fazer despontar os cogumelos.  Nas sacadas naturais, donde se despertam largos horizontes e paisagens, fomos  obsevando os campos agrícolas onde a terra vai repousando depois da esgotante faina das colheitas. Pelos caminhos, os tapetes formados pela de folhagem, resmungam ao serem pisados pelo grupo.
          As delicadas folhas primaveris cresceram, adquirindo vigor e atingiram entretanto a sua maturidade. Despedem-se agora para sempre, depois de cumprirem a sua função, após curta existência. Assm possamos continuar a assistir durante muitos anos a este ritual,  sem que o flagelo dos incêndios o possa interromper, para que esta manifestação de cor e vida, nos continue a cativar e possa constituir um importante argumento, para realizarmos o nosso passeio e convívio anual.

 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Serra da Peneda - Trilho da Mistura das Águas

(Várzea - M.das Águas - Tibo - Cerqueiral - Costa da Cabaninha - Branda das Ínsuas - Várzea)


Extensão - 14,6 km
Data ----- 2010-10-21

          Partindo do lugar da Várzea, segue-se por caminho sobranceiro ao ribeiro de C. Laboreiro ( neste lugar da freguesia do Soajo chamam-lhe rio da Várzea ) até à Mistura das Águas. Era o itinerário para Tibo e daqui à srª. da Peneda. Utilizavam-no sobretudo os romeiros da zona do Lindoso e lugares mais afastados do Soajo. No topónimo Mistura das Águas, onde o Rio da Peneda, se junta ao C. Laboreiro, o caminho roda para NW até Tibo, sem sobressaltos. Claro que o sobreiral da Fraga das Pastorinhas não passará despercebido a todo o caminheiro que faz este percurso.
          Em Tibo, optámos por visitar o aldeamento e seguir um velho caminho ( há porém outro mais íngreme, encurtando o  percurso ) que nos leva muito perto do " Miradouro". A passagem por este lugar da Gavieira, permite tirar belas panorâmicas para Rouças, Gavieira,S. Bento do Cando e Baleiral. Com um pouco de  atenção, consegue-se observar, "pertinho do céu" a branda das Buzgalinhas.
          No miradouro é altura de fazer zoom para o vale da Peneda. Até este local são perto de 10 km de trilho e nove quase sempre a subir. Para regressarmos à Várzea, continuamos para SE pelos caminhos do Cerqueiral e mais abaixo pelo caminho de pé posto que corre entre a Encosta da Pena Redonda e a Costa da Cabaninha, servindo a branda das Ínsuas. A partir daqui o piso melhora, não apresentando qualquer dificuldade até ao ponto de partida.




terça-feira, 19 de outubro de 2010

Serra da Peneda - Trilho do Alto Vez



Extensão - 15,8 km
Data ----- 2010.10.16

(Stº. A. V. de Poldros-Arieiro-branda do Outeiro-rio Vez-Pardelhas-Lapinheira-Costa do Salgueiro-branda do Furado-Srª da Guia – Stº. A.v. de Poldros)

          Belíssimo percurso de montanha que iniciamos em Stº. António de V. de Poldros, com uma travessia do rio Vez, na zona onde desvia o curso para Sul, depois de receber os ribeiros da Aveleira e Vidoeira. Juntou-se ao grupo o - Quico montanhista - um rafeiro da zona, que nos acompanhou durante o percurso, a troco de alguns mimos e comida.
          No local da travessia o caudal era considerável, e não houve outra solução senão descalçar os butes. O Quico, deu o exemplo seguido do pára-quedista, que conseguiu saltar, e gozou à brava da margem esquerda. Fartou-se de esperar pelos outros cromos e a cena até teve direito a vídeo.
          Talvez impressionado com o que viu, e desconfiando das nossas capacidades, o rafeiro começou a marcar o caminho, não fosse acontecer algum azar, e ter que regressar a casa de barriga vazia. Com efeito, até ao rio apenas tinha mastigado uma bolacha, caída do bolso dum avarento montanhista.
          A parte do percurso mais dura inicia-se com a travessia do rio até ao fim da Costa do Salgueiro. Os mariolas, um pouco envelhecidos e alguns parcialmente derrubados continuam no entanto a marcar o caminho, indiciando no entanto que aquelas paragens não são muito frequentadas.
          Depois do " esse " na zona do Outeiro Gordo, atravessa-se uma pequena ribeira, e o percurso torna-se menos exigente do ponto de vista físico. A descida a partir do  “miradouro”  donde se avista o Furado e o curso mais elevado do Vez,  tem troços com muita pedra solta, lembrando o caminho para os Carris.
          O Quico, quando se apercebeu que estava em casa, desapareceu sem se despedir, quem sabe, talvez desanimado com o que comeu. Portou-se porém muito bem, apesar de na parte final, ter começado a fraquejar.