segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caminho Português de Santiago - 4ª Etapa

4ª Etapa
Valença – O Porriño



Distância percorrida ....22,1 Kms
Data…………….…  .19/05/2012


O  tempo ameaçava chuva mas não passou disso.
Como a finalidade dos albergues é dar apoio aos que peregrinam para Santiago, dirigímo-nos ao de Valença, para registarmos mais uma etapa na credencial.
Como era de esperar encontrava-se fechado. Porque é que as autarquias continuam com a teimosia de gastar o dinheiro dos munícipes numa estrutura não funciona? Fechem as portas. Ali mesmo ao lado, em Tui, há outro mas esse funciona. Será a mania que temos em dizer que o nosso é melhor que o do lado de lá da fronteira ou que é o maior da Península, da Europa ou até, com atrevimento, o maior do mundo? Deixem-se de mentalidades bacocas e fechem, aquilo, que não serve para nada ou então, como estamos no tempo das “Novas Oportunidades” (este sim o maior e mais ridículo sistema de ensino do Mundo, onde se entra na escola sem saber nada e de lá se sai sem nada saber mas com o canudo até do 12º ano),  aconselho-vos, ia dizendo, a fazerem formação no Albergue de Ponte de Lima, onde  realmente as coisas funcionam e rolam sobre rolamentos de esferas e não em rolamentos de caroços de azeitonas.
Valeram-nos os briosos militares da GNR que com toda a simpatia e eficiência resolveram a questão.
Entramos pela Porta da Coroada, em Valença. Aqui começamos a nossa visita. Da capela do Sr. dos Passos passamos à capela Militar do Bom Jesus, tiramos a fotografia de família junto do S. Teotónio, seguimos pelo centro da Valença histórica, até  sairmos pela Porta da Fonte da Vila para de seguida atravessarmos a fronteira. Aqui deu para recordar antigos episódios na onde o critério dos funcionários da Alfândegários funcionava como o vento. Se estava de Norte não passava nada, se estava de Sul passava tudo.
A vontade para andar era pouca e quando chegamos a Tui passamos à fase de puro turismo pois quase nada ficou por ver. Junto ao primeiro marco do Caminho e para cumprirmos a tradição nova foto de família. Na Catedral a visita foi bem demorada. No Convento das Clarissas tivemos a oportunidade de comprar as especialidades das monjas, os peixinhos e os almendrados. Curioso será dizer que a transacção foi efectuado pela Roda dos Excluídos.
Demoramos umas três horas para sair de Tui. Uns diziam “hoje vamos ficar a meio caminho”, enquanto outros “depois de tantos anos a vir a Tui, verdadeiramente, só hoje a conheci”.
            Depois de uns minutos no convento de S. Domingos de onde foram tiradas as últimas fotos a Tui, seguimos para S. Bartolomeu de Rebordans onde apreciamos o magnífico cruzeiro. Logo à frente  passamos ao lado da ponte romana que pertencia à Via XIX, que ligava Braga a Astorga para seguirmos  em direcção à capela da Virgem do Caminho que fica ali perto.
A partir daqui tivemos de acelerar o ritmo da marcha. Pouco tempo depois estávamos a almoçar junto do memorial de S Telmo e Ponte de Febres.
            Retemperadas as forças com o almoço e ingeridas as calorias necessárias para continuarmos viagem para Ribadelouro, conhecida pelo lugar das cruzes e daí em direcção à recta do Poligno Industrial de O Porriño.  Só na chegada a esta cidade é que depois das muitas ameaças do dia, a chuva caiu só por uns minutos para nos dar as boas vindas. Ainda assim deu para umas “botellas de cidra”.








































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