Valença – O Porriño
Distância percorrida ....22,1 Kms
Data…………….… .19/05/2012
O tempo ameaçava chuva mas não passou disso.
Como a
finalidade dos albergues é dar apoio aos que peregrinam para Santiago,
dirigímo-nos ao de Valença, para registarmos mais uma etapa na credencial.
Como era de
esperar encontrava-se fechado. Porque é que as autarquias continuam com a teimosia
de gastar o dinheiro dos munícipes numa estrutura não funciona? Fechem as
portas. Ali mesmo ao lado, em Tui, há outro mas esse funciona. Será a mania que
temos em dizer que o nosso é melhor que o do lado de lá da fronteira ou que é o
maior da Península, da Europa ou até, com atrevimento, o maior do mundo? Deixem-se
de mentalidades bacocas e fechem, aquilo, que não serve para nada ou então,
como estamos no tempo das “Novas Oportunidades” (este sim o maior e mais
ridículo sistema de ensino do Mundo, onde se entra na escola sem saber nada e
de lá se sai sem nada saber mas com o canudo até do 12º ano), aconselho-vos, ia dizendo, a fazerem formação
no Albergue de Ponte de Lima, onde
realmente as coisas funcionam e rolam sobre rolamentos de esferas e não
em rolamentos de caroços de azeitonas.
Valeram-nos os
briosos militares da GNR que com toda a simpatia e eficiência resolveram a
questão.
Entramos pela
Porta da Coroada, em
Valença. Aqui começamos a nossa visita. Da capela do Sr. dos
Passos passamos à capela Militar do Bom Jesus, tiramos a fotografia de família
junto do S. Teotónio, seguimos pelo centro da Valença histórica, até sairmos pela Porta da Fonte da Vila para de
seguida atravessarmos a fronteira. Aqui deu para recordar antigos episódios na
onde o critério dos funcionários da Alfândegários funcionava como o vento. Se
estava de Norte não passava nada, se estava de Sul passava tudo.
A vontade para
andar era pouca e quando chegamos a Tui passamos à fase de puro turismo pois quase
nada ficou por ver. Junto ao primeiro marco do Caminho e para cumprirmos a tradição nova foto de família. Na Catedral a visita foi bem demorada. No Convento
das Clarissas tivemos a oportunidade de comprar as especialidades das
monjas, os peixinhos e os almendrados. Curioso será dizer que a
transacção foi efectuado pela Roda dos
Excluídos.
Demoramos umas
três horas para sair de Tui. Uns diziam “hoje
vamos ficar a meio caminho”, enquanto outros “depois de tantos anos a vir a Tui, verdadeiramente, só hoje a conheci”.
Depois
de uns minutos no convento de S. Domingos de onde foram tiradas as últimas
fotos a Tui, seguimos para S. Bartolomeu de Rebordans onde apreciamos o
magnífico cruzeiro. Logo à frente passamos
ao lado da ponte romana que pertencia à Via XIX, que ligava Braga a Astorga
para seguirmos em direcção à capela da
Virgem do Caminho que fica ali perto.
A partir daqui
tivemos de acelerar o ritmo da marcha. Pouco tempo depois estávamos a almoçar
junto do memorial de S Telmo e Ponte de Febres.
Retemperadas
as forças com o almoço e ingeridas as calorias necessárias para continuarmos
viagem para Ribadelouro, conhecida pelo lugar das cruzes e daí em direcção à
recta do Poligno Industrial de O Porriño.
Só na chegada a esta cidade é que depois das muitas ameaças do dia, a
chuva caiu só por uns minutos para nos dar as boas vindas. Ainda assim deu para
umas “botellas de cidra”.
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