Rubiães - Valença
Data 21/04/2012
Distância percorrida 18.1 Kms
O dia estava triste
e chuvoso e todos pensávamos que seria mais uma molhadela. Partimos do Albergue de
Rubiães desta vez não com um, mas com dois carimbos. Um era da semana anterior.
Grande parte
dos caminhos são no traçado da estrada romana “Via XIX”, que ligava a cidade de
Braga a Astorga. Quem os viu e quem os vê! Agora nem em tempo de chuva se
molham as botas porque estão todos com “calçada à portuguesa”. Há uns
anos atrás, mesmo em pleno verão, era muito difícil chegarmos à ponte da Peorada
sem termos as botas cheias de lama.
Logo a seguir
à ponte tivemos a primeira paragem no café
para que a maior parte dos companheiros pudesse beber o café da manhã,
talvez no intuito de lhes tirar a moleza que ainda sentiam por terem saído da
cama tão cedo.
Seguimos pela
margem direita do rio Coura durante uns metros e rumamos em direcção a Pecene
onde tive o prazer de apresentar um velho amigo aos companheiros. O Luís. É um
cavalo que a troco de uma peça de fruta se deixa acariciar. Fez-me lembar o
saudoso amigo Jorge Sousa quando o chamava para lhe dar uns torrões de açúcar e
em troca ele agradecia com um “sorriso”. Fizemos uma pausa na capela da
Senhora do Alívio e depois de uma bucha continuamos até S Bento da Porta
Aberta que por sinal estava de porta fechada.
Lá descobrimos o padre no café mas este nem de dignou aparecer nem tão pouco nos foram carimbadas as credenciais com a chancela da igreja. Para carimbar é no café e para se ver a igreja delegou a chave à Anabela. Será que somos todos uns chatos? Será que quem é peregrino merece atitudes destas? É por estas e por outras que a “freguesia” vai fugindo. Nos cafés e mercearias, onde vamos mesmo chatear a pedir carimbos somos atendidos com delicadeza e não com esta indiferença.
Lá descobrimos o padre no café mas este nem de dignou aparecer nem tão pouco nos foram carimbadas as credenciais com a chancela da igreja. Para carimbar é no café e para se ver a igreja delegou a chave à Anabela. Será que somos todos uns chatos? Será que quem é peregrino merece atitudes destas? É por estas e por outras que a “freguesia” vai fugindo. Nos cafés e mercearias, onde vamos mesmo chatear a pedir carimbos somos atendidos com delicadeza e não com esta indiferença.
Mais à frente,
em Fontoura, no lugar de Prado, o Senhor dos Caminhos, já se encontra a olhar
por aqueles que por Ele passam e pedem a sua bênção. Porém a simplicidade e
rudeza do local onde antigamente se encontrava, onde todos o comtemplavam e Ele
a todos via com o seu olhar de sofrimemto, deu lugar a um autentico mamarracho
onde muitos nem sequer o vêem quando passam. Quando o contemplava pareceu-me ter
ouvido um sussuro que dizia “tirem-me daqui e ponham-me onde Eu estava!” . Eu
pessoalmente gostava muito mais do local anterior.
Em Pecene
carimbamos as credenciais na casa de uma Senhora comerciante, nascida na
Patagónia (Argentina), mas com raízes na terra. O padre se S. Bento da Porta
Aberta devia falar com esta senhora para poder tirar umas aulas da arte de bem
receber. E não saímos de lá sem ocuparmos selvaticamente a estrada para a
respectiva fotografia com o grupo. Aproveitamos também aí e no jardim anexo à Capela do Sr. dos Aflitos, para o lauto almoço que
foi regado com o sumo fermentado das melhores castas da região.
O passeio
(porque se tratou de um autêntico passeio), continuou sem sobressaltos até
Valença. Aí chegados e no Albergue, completamente ao abandono, telefonamos para
um dos nºs de contacto e aí mesmo cheguei à conclusão que somos mesmo uns grandes chatos, que não
sabemos fazer outra coisa senão chatear quem está encarregado destes lugares e
não quer ser incomodado por ninguém.
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