segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Trilho do Vale do rio Trovela


Distancia percorrida …….Cerca de 15,3 km
Data ……………………............2012.01.07

             Quem de Serdedelo se dirige para a Boalhosa, depara à sua direita com um frondoso e apertado vale, encaixado entre o monte de S. Lourenço e os flancos da serra do Oural. Por ele corre o rio Trovela, afluente da margem esquerda do rio Lima, que na sua fase terminal, atravessa pachorrento o vale da Facha, sem pressa de se entregar ao Lima.
            Trata-se de um vale de origem tectónica, correspondendo às linhas de fratura ENE – WSE, onde é rei e senhor o carvalho roble.
            Conforme as estações do ano, o vale adquire configurações admiráveis. No Outono, as diferentes tonalidades, assumem efeitos magníficos, quando a luz é filtrada pelas copas do extenso carvalhal, em nada ficando a dever ao do Corno de Bico. Na Primavera, os diferentes tons esverdeados, dissipam a luz solar e despertam os nossos sentidos, para o nervoso fio de água, que corre escondido no fundo do vale. No Inverno, a melancolia apodera-se de quem percorre os seus trilhos, onde a nudez das árvores, contrasta com a folhagem que vai atapetando os caminhos, sobressaindo o ranger de um vento frio que se associa à cavalgada do seu caudal, criando pequenas cascatas e cachoeiras.
            Partimos de Campo Raso. Por caminhos que a pastorícia ainda utiliza e a corta mato, subimos até à capelinha de S. Lourenço da Armada. Situada num antigo castro, é aqui que se realiza  uma das mais típicas romarias do Alto  Minho. A subida é dura, mas vale a pena, pela soberba paisagem que se desfruta deste local.
            Descemos até ao lugar da Armada,  continuando para a Boalhosa, atravessando os pequenos regatos que formam o Trovela.  Prosseguimos para o vale, passando sob o Penedo Rachado, entrando por assim dizer, no interior do bosque.
            Perto do final, acompanhamos uma levada, observando com mais cuidado,  as suas margens muradas à custa do trabalho braçal. Atravessada a ponte pedonal, fomos subindo a custo para o ponto de partida, relembrando peripécias da marcha que efetuamos neste mesmo vale, em Abnril de 2005.





























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