Extensão – 13,9 km
Data--- 2010.12.04
Voltamos à serra d´Arga, onde convivem o granito e o xisto, conferindo-lhe uma paisagem de montanha muito peculiar, realçada neste dia com um ligeiro manto de neve cobrindo a cumeada. As formas arredondadas correspondem ao xisto, ou seja aos contrafortes orientais, em oposição à zona granítica. Esta última, é mais elevada e acidentada, onde desde tempos muito recuados, se procurou o ouro e a prata, e mais recentemente o volfrâmio.
Com a temperatura a rondar os 0ºC, abandonamos Arga de S. João, pequeno aldeamento abrigado numa das encostas de menor declive, dispostos a subir ao Outeiro de Mós (OM).
O caminho é o habitual, passando na igreja e à ilharga de Felgueiras, rompe em calçada entre o Alto das Penas e o Alto da Coroa, até atingir o estradão que vindo do Guindeiro faz a ligação ao posto de vigia, não muito longe do V.G. da Pedra Alçada. Prosseguimos para poente e deparamos com as serras da Peneda e Amarela cobertas com um manto de neve.
A serra d´Arga também não escapou, caiada que estava até ao Alto da Faia, mas em muito menor quantidade. No OM, apanhamos forte ventania vinda de Sul, mas ainda deu para mirar a foz do rio Minho e o monte de Santa Tecla, bem como o alvéolo onde corre o rio Âncora. Retrocedemos a corta-mato pelos Curros Grandes, onde encontramos alguma neve.
Retomamos o estradão perto da Chã do Guindeiro e daqui continuamos pelo caminho velho até à ermida de S.J. d´Arga, local isolado, austero, de recolhimento, onde o ambiente de antiguidade combina com a rusticidade das construções que envolvem a capela. O povo, com a sua perspicácia e sabedoria, não se esqueceu deste detalhe dedicando-lhe uns singelos versos:
Oh! Meu rico S. João d´Arga
Onde é que vos foram pôr !
No meio de duas serras
Com sobreiros ao redor!
Aproveitamos os quartéis para almoçar a coberto do vento frio que corria pela corga. Caminhamos junto ao ribeiro até ao cruzeiro da Ladeira, onde tiramos a foto do grupo, e daqui até encontrar o caminho que faz a ligação ao ponto local donde partimos.
Não regressamos a Viana do Castelo, sem fazer uma visita à tasca do senhor Horácio em Arga de Baixo. A sua bebida especial, costuma operar verdadeiros milagres no combate ao frio, e não só …Como estava fechada, regressamos sem desfrutarmos daqueles momentos finais de convívio, que costumam encerrar as nossas actividades por estas bandas. Ficará para a próxima.
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