Extensão – cerca de 8 km
Data -------- 2010.12.18
Data -------- 2010.12.18
O dia 18 de Dezembro nasceu soalheiro, o que foi excelente para a nossa última caminhada. Como objectivo, a visita ao monte de Santo Ovídio, sobranceiro à vila de Ponte do Lima, local donde se avistam belos e amplos horizontes. Juntamente com o monte da Madalena, enriquece o grupo das varandas panorâmicas mais interessantes da Ribeira Lima.
Para lá chegarmos, caminhamos cerca de cinco quilómetros, através de pequenos caminhos rurais, entre campos e quintinhas, onde a agricultura ainda não está esquecida. Pequenos casais e uma ou outra casa solarenga, intrometem-se a espaços no percurso, onde os tons da natureza pontificam pela beleza e contraste.
Com uma visita demorada à ermidinha românica do Espírito Santo, edificada pelos Templários, continuamos até à quinta de Carcaveira. Não nos escapou a visita ao belo fontenário, no exterior, apesar da vegetação ameaçar tomar conta do local.
A caminhada continuou monte acima, com paragens frequentes, para observarmos os cenários que surgiam nas voltas do caminho. No alto, visitamos a “pedra do cavalinho”, gravura da idade do Bronze e finalmente deu-se espaço ao convívio.
Não partimos sem apreciarmos demoradamente a envolvente paisagem, onde as montanhas se entrelaçam com as férteis veigas, por onde passa o rio Lima. Desde a esventrada serra das Antelas, ao santuário do Senhor do Socorro na Lubruja, ou subindo a vista até á portela da Travanca, mergulhamos no perfil suave da montanha minhota que se molda ao planalto de Coura. Se lançarmos a vista a partir do monte de Calheiros até à cristas da Peneda, caímos na portela do Lindoso. Com a serra galega de Santa Eufémia na linha do horizonte, podemos galgar a cumeda da Amarela e daqui ir descer pelas Galinheiras ao “castelo” de Aboim. Sem darmos por isso, estamos nos montes da Armada e da Ermida, percorrendo um extenso tabique de montanhas que cercam a fita do rio . É altura de olharmos para o casario da vila, para o antigo burgo, e seguir o traçado do Caminho do Lima a Santiago de Compostela, adivinhando a sua trajectória até à portela da Labruja. Apesar da neblina, a sequência de pequenas elevações, na margem esquerda, não passam despercebidas. Nora, Geraz, Padela, monte Santinho e Galeão, lançam arribas até ao rio, que na sua fase adulta atravessa pachorrentamente as férteis veigas. No ângulo NE, a paisagem prolonga-se desde Santa Luzia até às encostas cinzentas da serra d´Arga. Tecendo elogios ao ao magnífico miradouro, abandonamos o local, onde os romeiros cumprem promessa no dia do Espírito Santo, aguardando o próximo ano para novas aventuras.
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