quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Serra do Gerês

Grau de dificuldade – Difícil
Extensão – cerca de 18,7 km
Data – 12 de Setembro de 2009

Cascata do Arado – V. Teixeira – Borrageiro – Conho – Rocalva – Vidoeirinho – Prado Lã -Pousada – Pinho – Malhadora - Cascata do Arado



Este percurso é efectuado por diversos grupos, pelo que podemos dizer com alguma segurança que se trata de um clássico da serra.

Quando iniciamos a caminhada, subia a rés da Ermida pelo mesmo caminho. Com certa pena, verificamos que a cascata mais parecia uma bica, dado o reduzido caudal.

A partir do patamar que fica defronte à cascata, inicia-se o verdadeiro caminho subindo para Norte, até atingir uma pequena portela coroada por dois robustos mariolas.

É deste local que se avista o vale da Teixeira. Sugere-se proceder a uma paragem, não só para recuperar do esforço, mas também para apreciar um dos mais belos vales da serra.

Quem optar por descer para Leonte, tem outra visão magnífica, a partir da Chã da Fonte, mas em sentido contrário.

Durante este trajecto, há uma pequena descida para atravessar a ribeira da Giesteira. Se olharmos para o fundo da corga, avista-se uma cabana que dá pelo nome de forno da Giesteira.

É particularmente visível enquanto caminhamos, a diversificada rede de fracturação, sobressaindo algumas medas graníticas e borrageiros.

O caminho de pé posto, leva-nos à cabana da Teixeira e mais à frente à do Camalhão, onde há um conjunto de troncos de carvalhos, completamente secos, que teimam em continuar de pé.

Recomenda-se uma pequena paragem, para ganhar forças, pois elas serão bem precisas para enfrentar a dura subida.

O pequeno trilho parte do rio do Camalhão, permitindo chegar ao Borrageiro, onde permanece a antena e o pouco resta do Vértice Geodésico. Deste local a serra parece pequena e permite-nos ter uma ampla visão da paisagem que nos rodeia.

Desce-se do topo atalhando para o trilho que atravessa a Lomba do Pau, onde há imensos exemplares de zimbro (Juniperus communis) , alguns com pequenas vagas ainda verdes. No curral que fica pouco distante, pastava pachorrentamente o gado barrosão. Esta zona aplanada da serra, resulta da continuada deposição de sedimentos permitindo o enriquecimento dos solos, ao longo dos ciclos geológicos.

Ainda estivemos para evitar o Conho e seguir na direcção das rocas, mas a hora do almoço exigia um lugar com dignidade pelo que descemos àquele prado. A partir dos mariolas que por assim dizer, determinam a descida para o Conho, a paisagem é no mínimo surpreendente.

Contornando a Mourisca, subimos para a Rocalva, onde não havia sinais da vezeira.

Quem estiver com atenção, no trajecto entre este curral e o seguinte, distingue-se perfeitamente a antena do Borrageiro.

Nos portelos do Vidoeirinho, encontramos a vezeira e o pastor deu-nos uma péssima notícia – tinham ardido os Bicos Altos!!!

Depois de passarmos pela cabana do Prado Lã, ficamos consternados com o que víamos, conforme íamos descendo para a Pousada. O fogo destruiu vários colmeais, esteve a metros da cabana e nalguns locais ainda fumegava, obrigando os sapadores a esforços redobrados.

Um pouco à frente do portelo da Pousada, derivamos para o curral do Pinhô, onde ao longo do trilho fomos observando algumas manifestações do modelado granítico, com relevo para os blocos pedunculados e ainda fenómenos de arenização.

Deste curral até à ponte de Servas foi rápido, subindo durante algum tempo ao lado do rio Conho até atingirmos a Malhadoura.

Uma vez ultrapassado o forno da Ribeira, a cascata fica perto pelo que terminámos o percurso ainda com tempo de dar uma saltada às Caldas, antes de efectuarmos o regresso a Viana do Castelo.

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