quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Cornos de Candelas

Grau de dificuldade – Moderado

Extensão – cerca de 21,4

Data – 05 de Setembro de 2009


Os Cornos de Candelas representam o limite oriental da glaciação da serra do Gerês e um ponto de referência para quem se aventura à sua travessia. Depois da ribeira das Negras e uma vez ultrapassada a da Biduiça, surgem-nos como alvo a atingir enquanto atravessamos as Lamas do Compadre. Galgada a portela, junto a estes graníticos “corninhos”, avista-se a capelinha do S. João da Fraga, obrigando a marcha a tomar a direcção do ribeiro de Teixeira.




Já lá temos passado várias vezes e descansado no pequeno carvalhal, antes de atingir aquela passagem, mas nunca surgiu uma oportunidade para explorar a sua cumeada e testemunhar os largos horizontes que de lá se avistam.

Partimos de Parada do Outeiro contornando o cabeço do Canda, caminhando até à ponte do rio do Beredo. Começámos então a subir um estradão, que acompanha o ribeiro de Teixeira pela sua margem esquerda, onde é visível o processo de desagregação do granito, destacando-se alguns “ thors ” e outras formas representativas. O estradão continua para além do desvio para a Gafaria, depois de atravessar outra ponte, desta vez sobre o Teixeira.



Prosseguimos na direcção da cumeada, até atingir uma pequena rechã. Ao longo da subida, é curioso observar os contornos que a meda granítica onde assenta a capela do S. João da Fraga adquire, conforme o rumo do caminho.


Os excelentes miradouros que vão surgindo, possibilitam observarmos o carvalhal do Beredo, Pitões, o planalto da Mourela, toda a cumeada até à fronteira galaico-portuguesa, a albufeira de Paradela e os Cornos de Candelas, objectivo da nossa caminhada.



Continua-se por um carreiro e atalha-se fazendo pequenos corta-matos, até junto de um pequeno bosque de carvalho negral. A partir daqui, sobe-se até à sua base procurando o terreno mais limpo. Para chegar ao topo, subimos durante algum tempo junto ao corgo do Pala Nova, afluente do ribeiro com o mesmo nome.

Perto da nascente, virámos para sul de forma a atingirmos um dos cabeços - altitude de 1268 m no GPS, e que nos pareceu o melhor local para observar a serra .

A paisagem é magnífica, e dá vontade de ficarmos presos aos rochedos, recordando travessias passadas, admirando aquela agreste solidão onde o silêncio é o dono de uma paisagem inigualável.


Regressámos à rechã e daqui ao estradão, observando Pitões e o contraste entre a planura da Mourela e a aspereza granítica onde se encaixa o belo e antigo carvalhal do Beredo. Atalha-se para a Gafaria (antiga leprosaria medieval?) por um pequeno trilho, que mais tarde nos leva a outro caminho marcado por mariolas, descendo progressivamente a encosta.


Contornámos o lugar, atravessámos o ribeiro do Beredo e subimos até ao fojo do lobo.


Prosseguimos para o lugar de Parada, onde pudemos ver os estragos do fogo na encosta do alto das Picotas e um reacendimento entre o Canda e a margem esquerda da albufeira, prontamente extinto pela intervenção dos meios aéreos.


Sem comentários:

Enviar um comentário