segunda-feira, 4 de junho de 2012

Serra do Gerês – Plantação de Árvores na Vezeira de Fafião




Distância percorrida – 5,02 km ( viatura) + cerca de 15,0 km caminhada
Data -------------------- 2012.06.02

Cumprindo a tradição, a Associação de Desenvolvimento de Fafião – Vezeira, destinou o dia 2 de Junho à plantação de carvalhos nos currais da Vezeira, convidando todos aqueles que se preocupam com o equilíbrio ambiental, a defesa da biodiversidade e do harmonioso equilíbrio dos frágeis espaços serranos.
Chegaram de todo o lado, pelo que o grupo foi crescendo, até ao momento da partida para o curral do Pinhô. A viagem até este curral, foi um verdadeiro “raid automóvel”, tendo alguns aproveitado para a caça digital, à medida que subíamos as encostas e o horizonte se alargava, libertando espaço à nossa visão.
Por razões ainda não conhecidas, S. Pedro associou-se ao evento, regando abundantemente o acontecimento. Mesmo assim, ninguém desistiu, resistindo de forma exemplar, com destaque para os mais jovens.
Estrategicamente divididos em dois grupos – grupo da Rocalva e grupo da Amarela, partimos juntos do Pinhô. Atalhamos até à Pousada, transportando as árvores a plantar, ferramentas e tudo o que é necessário para este tipo de actividade.
Numa breve paragem, perto da cabana da Pousada, carregamos baterias. Foi sem dúvida uma excelente e oportuna decisão. Momento para convivermos e para sentirmos a tradicional gentileza das gentes de Fafião, provando o insubstituível presunto barrosão, sem esquecer o óleo para o motor e o aconchego do estômago com outras viandas, porque a jornada ia ser dura. Foi também uma excelente oportunidade para rever velhas amizades e conhecer muita gente que comunga das mesmas preocupações.
Abalou primeiro o “grupo da Rocalva”, tendo o nosso grupo seguido de imediato para os Bicos Altos. Os mais possantes e corajosos, lá foram transportando, as jovens árvores até perto da cabana mais antiga. Decidido o local onde se espera ver medrar o jovem carvalho, distribuíram-se as tarefas, com a ideia de arrancar o mais cedo possível para o curral da Amarela. Para surpresa dos presentes, começaram a revelar-se os verdadeiros canteiros na arte de mover os pedregulhos bem como especialistas na arte de apreciar obra feita. Depois do adubo e da cova bem regada, continuamos a caminhada ainda com duas árvores penduradas. No curral da Amarela, foi mais moroso construir a protecção em redor de uma delas, apesar de nos termos dividido em duas equipas.
Terminamos, com a chegada da chuva e do nevoeiro, que nos acompanhou durante o regresso ao Pinhô, onde se atacou o almoço em grande e fraterno convívio. Apressamo-nos a aproveitar todos os atalhos para regressar a Fafião, sempre debaixo de chuva, o que não nos impediu mesmo assim, de chegar a casa pelas 22H00.
Terminamos, na esperança de que estas tradições comunitárias, possam iluminar os responsáveis do PNPG, mostrando-lhes outros caminhos. Não é com limitações e impedimentos incompreensíveis, que se conjugam esforços e motivam as pessoas, para a preservação deste riquíssimo património natural, que chegou até nós, fruto do esforço, dedicação, sacrifício e trabalho, de gerações e gerações dos povos desta serra, sem que para isso tivessem necessidade de restringir os movimentos àqueles que adoram e se preocupam com o Gerês.







































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