Distância percorrida – 5,02 km ( viatura) + cerca de
15,0 km
caminhada
Data --------------------
2012.06.02
Cumprindo a tradição, a Associação de Desenvolvimento
de Fafião – Vezeira, destinou o dia 2 de Junho à plantação de carvalhos nos
currais da Vezeira, convidando todos aqueles que se preocupam com o equilíbrio
ambiental, a defesa da biodiversidade e do harmonioso equilíbrio dos frágeis
espaços serranos.
Chegaram de todo o lado, pelo que o grupo foi
crescendo, até ao momento da partida para o curral do Pinhô. A viagem até este
curral, foi um verdadeiro “raid automóvel”, tendo alguns aproveitado para a
caça digital, à medida que subíamos as encostas e o horizonte se alargava,
libertando espaço à nossa visão.
Por razões ainda não conhecidas, S. Pedro associou-se
ao evento, regando abundantemente o acontecimento. Mesmo assim, ninguém
desistiu, resistindo de forma exemplar, com destaque para os mais jovens.
Estrategicamente divididos em dois grupos – grupo da
Rocalva e grupo da Amarela, partimos juntos do Pinhô. Atalhamos até à Pousada, transportando
as árvores a plantar, ferramentas e tudo o que é necessário para este tipo de actividade.
Numa breve paragem, perto da cabana da Pousada,
carregamos baterias. Foi sem dúvida uma excelente e oportuna decisão. Momento para
convivermos e para sentirmos a tradicional gentileza das gentes de Fafião,
provando o insubstituível presunto barrosão, sem esquecer o óleo para o motor e
o aconchego do estômago com outras viandas, porque a jornada ia ser dura. Foi
também uma excelente oportunidade para rever velhas amizades e conhecer muita
gente que comunga das mesmas preocupações.
Abalou primeiro o “grupo da Rocalva”, tendo o nosso grupo
seguido de imediato para os Bicos Altos. Os mais possantes e corajosos, lá
foram transportando, as jovens árvores até perto da cabana mais antiga. Decidido
o local onde se espera ver medrar o jovem carvalho, distribuíram-se as tarefas, com
a ideia de arrancar o mais cedo possível para o curral da Amarela. Para
surpresa dos presentes, começaram a revelar-se os verdadeiros canteiros na arte
de mover os pedregulhos bem como especialistas na arte de apreciar obra feita.
Depois do adubo e da cova bem regada, continuamos a caminhada ainda com duas
árvores penduradas. No curral da Amarela, foi mais moroso construir a protecção
em redor de uma delas, apesar de nos termos dividido em duas equipas.
Terminamos,
com a chegada da chuva e do nevoeiro, que nos acompanhou durante o regresso ao
Pinhô, onde se atacou o almoço em grande e fraterno convívio. Apressamo-nos a
aproveitar todos os atalhos para regressar a Fafião, sempre debaixo de chuva, o
que não nos impediu mesmo assim, de chegar a casa pelas 22H00.
Terminamos, na esperança de que estas tradições
comunitárias, possam iluminar os responsáveis do PNPG, mostrando-lhes outros
caminhos. Não é com limitações e impedimentos incompreensíveis, que se conjugam
esforços e motivam as pessoas, para a preservação deste riquíssimo património natural,
que chegou até nós, fruto do esforço, dedicação, sacrifício e trabalho, de
gerações e gerações dos povos desta serra, sem que para isso tivessem necessidade
de restringir os movimentos àqueles que adoram e se preocupam com o Gerês.
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