(Igreja de Arga de Cima, Pontão do Lobo, Fontinhas, Fonte da Sisga, Chã do Guindeiro, Lapa do Ladrão, Altos dos Prados, Prados, Espantar).
Distância percorrida …………… ..….….cerca de10,6 km
Data ……………………………………………..2012.03.17
O padre José António Pires, era natural de Espantar e paroquiou durante vários anos, as freguesias das Argas. No seu livro – Mosaicos da serra d´Arga, o padre Artur Coutinho, descreve o caminho percorrido por aquele sacerdote, quando se deslocava daquele lugar da Montaria até às freguesias serranas. Fazia-o a pé, quinzenalmente, no pino do Verão ou no rigor do Inverno, muitas vezes carregado com uma saca onde levava ou trazia os utensílios que os seus paroquianos lhe pediam para entregar ou trazer do ferreiro da Montaria.
O percurso de Espantar até à igreja paroquial de Arga de Cima era o mais exigente, pois mais de metade do caminho é sempre a subir.
O senhor Horácio, que nos ajudou a identificar alguns dos pontos do caminho, recorda-se bem daquele sacerdote. Conta que era jovem e ia levar-lhe as onças de tabaco à residência de Arga de Baixo, onde pernoitava. É fácil encontrá-lo no seu estabelecimento, a Taberna do Horácio, onde se bebe o melhor aguardente com mel de toda a serra d´Arga. Senhor de uma idade respeitável, ainda se lembra muito bem do padre António.
Antigamente andava-se muito a pé! Para trabalharem nas minas da serra, vinham a pé de S. Martinho de Coura e Romarigães! Para trabalhar na floresta vinham do Cerquido, e até de S. Pedro de Arcos, atravessando assim caminhos e atalhos.
A nossa caminhada, foi abençoada, com alguns aguaceiros de granizo, que nos remeteram ao silêncio. Como seriam as caminhadas do bom sacerdote, sozinho, no meio da intempérie, sem os meios e as condições de que dispomos nos tempos que correm?
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