segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Marcha ao Castelo da Nóbrega / Regresso aos primórdios


      (Sampriz - Portela – Gojo – encosta da ribeira do Casal – cabana do Rodrigues – caminho do Porto de Vacas -  Franqueira – marco do Couto – Casais de Vide – Corredouras – Covelo – Sampriz).



Extensão    cerca de 15,4 km
Data                   2011.11.12


            Tínhamos destinado o dia 12 de Novembro, para o nosso tradicional magusto. Porém,  previsão pouco amiga do IM (Instituto de Meteorologia),  que não se concretizou,  levou-nos a cancelar o evento, para desalento de todos. Desta forma um pouco inesperada, ficamos com o dia livre, que aproveitamos para subir mais uma vez ao antigo castelo roqueiro, o que já não se verificava desde Fevereiro de 2007. O itinerário que seguimos difere por completo do abandonado trilho das Terras da Nóbrega, aproveitando outros caminhos mais íntimos no vale ribeira do Casal e das encostas viradas ao vale do rio Vade, para o regresso.
            O imponente maciço granítico que se eleva na margem esquerda do rio Lima, com os seus 750 metros de altitude, foi o local escolhido pelo nobre Honorigo Henriques, no terceiro quartel do século XII, para aí estabelecer um pequeno castelo roqueiro – o castelo das Terras da Nóbrega. Importante do ponto de vista estratégico - militar, foi aí levantado aproveitando o enrocamento existente. Ainda hoje são visíveis os vestígios dos antigos alicerces da torre de menagem. A partir do século XIV, a sua importância foi decrescendo em favor do castelo do Lindoso.
            No seu topo, desfruta-se de uma soberba paisagem para os vales do Lima, Vez e Vade, e também para as montanhas circundantes, dispostas em anfiteatro desde a serra de Santa Luzia até ao Gerês. É difícil resistir à tentação de subir ao cimo deste  miradouro natural, apesar da empreitada exigir alguma destreza física, aspeto minorado após a requalificação do local.
            Partimos do abandonado paço de Sampriz, com um céu carregado de nuvens “plumbacentas”, direitos aos caminhos do vale da ribeira do Casal. Por caminho de pé posto ou por caminho antigo, fomos subindo por entre a copa de velhas carvalheiras e castanheiros, passando as ribeiras nas pontelhas. Obra robusta, que vai resistindo ao desgaste do tempo, construída e afeiçoada por gerações, que antes de emigrar, labutaram e sofreram, neste soberbo alvéolo agrícola.
            Na subida da Franqueira o vento ripava com intensidade pouco habitual, não dando folga para apreciar o marco do antigo Couto. Tiradas as fotos da praxe, descemos até à Srª. do Livramento, onde encontramos um coreto fechado lateralmente, e aí sim, tivemos a oportunidade para almoçar em paz e sossego. Regressamos pelos caminhos das encostas viradas ao Vade, matizadas pelas cores outonais, onde os lameiros combinam com pequenas leiras de cultivo, formando magníficos mosaicos naturais. Depois dos moinhos das Corredouras, em ruína avançada, rapidamente se atinge a velha casa brasonada, donde partimos para esta inesperada caminhada.

































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