segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em redor de Castro Laboreiro.


(Portelinha, Cramadoira, Barreiro, Assoreira, Curveira, Bico do Patelo, Alto das Manguelas, Cainheiras, Portelinha)


Extensão – cerca de 15 km
 Data ----------- 2011.10.01

              Antes de iniciarmos o percurso, efectuamos uma pequena paragem em Lamas de Mouro, para cumprimentar o senhor Armandino Pereira, atarefado como sempre no seu santuário gastronómico. Depois de dois dedos de conversa, dirigimo-nos à Portelinha.
               Neste lugar, partimos da Área de Lazer das Veigas, local que a carta militar identifica como Porto dos Carros. Atravessamos uma velha ponte, sem utilidade aparente, pois o caminho mais recente passa-lhe ao lado. Por este motivo, fizemos um pequeno desvio, para apanhar o Trilho Castrejo na Cramadoira. Prosseguimos naquele trilho, atravessando algumas inverneiras, antigas pontes, moinhos e um forno comunitário. Depois de ultrapassado o Bico do Patelo, continuamos em direção a Cainheiras, abandonando-o, para o retomarmos desde a Varziela até ao cemitério da “ vila de Castro”. Nesta última inverneira, onde verificamos com agrado a recuperação de algumas casas, fomos à procura da piscina natural que se forma a jusante da ponte. É um local paradisíaco, que merece uma pequena paragem, caso o caudal da ribeira da Corga das Lapas o permita.
               As brandas, situadas a cotas mais elevadas eram utilizadas entre Março e Dezembro. Com o regresso das baixas temperaturas, procedia-se à mudança para a casa das inverneiras, situadas a cotas entre os 400 e os 800 metros de altitude. Gato, cães, galinhas, etc, tudo ia para a casa da inverneira, carregados para cima do trator. O dado era passar o Natal na inverneira e a Páscoa nas brandas. Porém, este tipo de deslocação, que noutros tempos envolvia lugares inteiros, está em  declínio. Não serão mais do que quatro dezenas de famílias a fazê-lo. Muitas das brandas e inverneiras se não estão em completo abandono, estão muito perto disso. No cemitério da antiga vila, prosseguimos em direção ao lugar da Portelinha, atravessando de novo o rio de Castro Laboreiro, numa rústica ponte, regressando ao local de partida































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