Rocalva – Serra do Gerês

 ( Quem gosta vai / Quem ama volta ).

Extensão – cerca de 15,6 km
Data ------------- 2011.09.17

            Na ponte da Pigarreira, as águas do rio Toco, correm aos soluços por entre as bogas do leito, escondidas no nevoeiro do vale. Até à meda da Rocalva, é sempre a subir, pisando pedra e mais pedra, que a natureza plantou por entre urze e carqueja.

            À medida que subimos, o arvoredo vai escasseando. No prado Lã, as velhas carvalheiras finaram-se. Plantaram outro tipo de árvores, mas sem a beleza daquelas. Falta-nos a sua cumplicidade, quando parávamos para um pequeno repouso, depois da esforçada subida desde a Pousada. Os mariolas guiam-nos, até àquela meda chumbada na rocha nua da serra.

            As mochilas incomodam, e com o passar do tempo, tornam-se mais pesadas à medida que vamos subindo. Foi com alívio que atingimos o curral da Rocalva. Subirmos até à base daquela majestosa meda, admirando o mundo à nossa volta, enchendo os pulmões e alargando a vista até ao limite.

            Mourisca, Sombrosas, Fraga Negra, Cidadelhe, tudo tem nome na serra, apesar da imensidão deste território. Quando depois do almoço, alguns passavam pelas brasas, eis que um dos nossos companheiros dá c'o ninho da carriça, plantado na ramada dum velho carvalho! Para nós, ignorantes na matéria, até podia ser dum gambozinho, que já ficávamos espantados. Mas que raio de pássaro é este, que vem fazer o ninho para uma zona tão inóspita da serra?