Extensão - 16,8 km
Data - 2010.07.24
Partimos bem cedo de Viana do Castelo, uma vez que era imperioso deixar algumas viaturas no Lindoso, para o regresso. Atravessamos a serra pelo Germil e estacionamos as restantes viaturas junto ao "tranqueiro" que impede o acesso à aldeia submersa de Vilarinho das Furnas.
O calor ainda não se fazia sentir e como o percurso até ao moinho não tem grandes oscilações de cota, não houve reclamações. A próxima etapa tinha como objectivo o curral de Toutas. A subida é dura e mesmo recordando aos "maçaricos" que por aqui deve ter passado Miguel Torga e o seu guia Fecha, conforme aquele relata no seu diário, nem isso motivou os companheiros de jornada.
Ao subir lá fomos deparando com o "penedo fundido" e o cá em baixo o "penedo das colmeias", que é como lhe chamamos. Quando o trilho faz uma volta mais pronunciada para nascente, depois da travessia da linha de água, encontramos os pastores que regressavam dos currais do lado espanhol, com quem estivemos a conversar.
Atingimos Toutas com uma paisagem indiscritível da cumeada do Gerês, entretendo-nos a distinguir os cabeços mais conhecidos. Continuamos até ao que resta da cabana de Porto Covo, com o curral de Peijoanas na mira das objectivas. Paramos um pouco para observar a paisagem e preparar a subida até à cabana do Ramisquedo, onde tiramos mais uma foto do grupo.
O calor apertava, pelo que decidimos atalhar até ao estradão que ficou por concluir, e que ligaria a Louriça à Portela do Homem. O atalho não parecia difícil e poupava caminhar mais para nascente, apesar de perdermos a beleza do carvalhal do Ramisquedo. Por outro lado, há cerca de um ano tínhamos feito o percurso sem dificuldade. Não estava porém nas previsões o rápido crescimento da urze e restante vegetação. Após termos rompido uns bons cem metros, já havia reclamações desde a perda de óculos até máquinas fotográficas. Porém a eficiente "batida" dos companheiros mais recuados, permitiu recuperar tudo aquilo e arranjar forças para chegar a Sonhe.
Almoçamos aqui, à sombra de um giestal, com o "jardim d´Armada" por testemunha e um horizonte sem Limites. Face ao calor que se fazia sentir decidimos não subir à Louriça. Retomamos a marcha caminhando pelo estradão até à cabana mais recente do Rebordo Feio, onde atestamos os cantis.
A partir daqui, atalhamos para a cabana da Travanquinha fugindo ao estradão, e procurando o antigo caminho brandeiro, continuamos pela Cumieira, passando ao largo dos viveiros de Porto Chão. Caminhando sob os bosques que ainda restam, atravessamos de novo a estrada florestal e continuamos por caminho antigo até ao Lindoso,onde desta vez não havia chanfana à nossa espera.
Por esta razão apenas demoramos o tempo necessário para nos hidratarmos,regressando de novo à barragem onde nos aguardavam as restantes viaturas. Pouco tempo houve para comentar as peripécias da marcha, assunto que faremos nas próximas actividade.