domingo, 14 de junho de 2009

Currais da Pousada e Pinhô - Serra do Gerês

Grau de dificuldade : Moderado / Alto
Extensão do percurso: 15,8 km
Tipo: Paisagística - Ecológica - Cultural



A jornada prometia ser dura, dada a previsão de temperaturas elevadas para o dia 13 de Junho. Os acentuados declives a vencer, confirmavam a dureza que se esperava.
Partimos cedo, com o objectivo de visitar alguns dos currais que utiliza habitualmente a vezeira de Fafião, e que não visitávamos há imenso tempo.

Depois dos habituais preparativos, aproveitámos a frescura da manhã para subir o mais que fosse possível, antecipando-nos assim ao aparecimento do calor. Atravessámos a aldeia e seguimos pelos trilhos dos pastores até à ponte da Pigarreira.
A partir daqui é só subir, ora por caminho talhado na rocha, em seguida por caminho florestal, continuando mais à frente por um pequeno trilho que nos levou a atravessar as poldras de um dos afluentes do rio Conho, num trajecto de rara beleza.


Conseguimos assim, atingir uma rechã, ponto de derivação para o curral da Pousada.
O Sol cada vez mais forte, obrigou-nos a reduzir a cadência da marcha, quando por um caminho de pé posto, velho conhecido, subimos a custo até àquele curral.


Pouco mudou, com excepção de um ou outro “ portelo ”, destinado a evitar que o gado se escape para outras paragens. Durante o caminho fomos observando a paisagem para o interior da serra do Gerês, para a cumeada da Cabreira, e ainda as mais diversas geoformas graníticas, que vão aparecendo ao longo da dura subida.



Antes de atingirmos o curral há um “portelo” construído em lages de granito, que funciona de obstáculo, evitando que o gado se afaste.
Ao atingirmos o prado, lá estavam os mariolas que encaminham os aventureiros e pastores na direcção da Rocalva.


Depois de darmos uma volta, fomos visitar a cabana, onde encontrámos o pastor de serviço à vezeira, o sr. Manuel Martins Landeira a preparar o almoço. Conversámos um pouco sobre as tradições da vida comunitária, e depois de enchermos os cantis, retomamos o caminho na direcção do curral do Pinhô, onde pretendíamos almoçar.


Seguindo inicialmente em sentido inverso, derivámos por um pequeno carreiro na direcção poente, um pouco depois do “portelo em pedra”, trilho admirável, que nos conduziu até este último curral, onde a cabana tem contornos muito diferentes do que conhecíamos.

Após almoço, descemos na direcção da aldeia, atravessamos de novo as poldras, aproveitando para fotografar as belíssimas quedas de água e os “canyons” que a natureza talhou.
Num entroncamento de estradões florestais, caminhámos na direcção do sobreiral da Malhadoura, descendo até à estrada alcatroada.



Atravessmos o rio Toco e subímos na direcção dos moinhos. Na longa subida de regresso à aldeia, sofremos com o calor, terminando a jornada a molhar o “bico” num dos cafés de Fafião.

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