(Lordelo, branda do Rodrigo,
Rego do Valado, branda da Cerradinha, Fojos do Lobo, Vidoal, cabana da
Bragadinha, Chã da Lapa, Lordelo).
Data…………………………………..2014.02.01
Distância percorrida……………cerca
de 16 km
A serra da Peneda é rica neste tipo
de construções e num raio não muito extenso, contam-se pelo menos mais duas outras
construções, com os muros em um forma de “v” , além dos fojos acima referidos,
que desta vez, foram objecto da nossa visita, guiados pelo célebre “ Maka”. O
fojo de Cabreiro, assenta no cabeço da Bragadela e o no seu seguimento, está o
do Sistelo, no cabeço da Colmadela, ambos virados ao vale por onde corre o rio
do Ramiscal, daí, os designarem também, por fojos do Ramiscal. A aldeia do
Sistelo, construiu o seu fojo, bem longe, à semelhança do fojo do Soajo, que
também não fica perto, da aldeia que lhe deu o nome. De todos, o do Soajo, é
sem dúvida o mais extenso, mas há ainda um outro, meio esquecido, cujo encontro
dos muros é para os lados da branda da Bragadela, junto ao rio Grande. O do
Soajo é o ex-libris da serra, e há relatos de algumas batidas, onde os
intervenientes, que eram espectadores ao mesmo tempo, terminavam em grande
confraternização, puxando dos farnéis, junto à fonte das Forcadas, que isto de
subir e descer corgas, não se faz sem grande esforço. O fojo da Cabrita é
doutro tipo, mas também não está muito longe.
As previsões para a o dia 1 de
Fevereiro, data da visita, apontavam para neve, acima dos mil metros de
altitude, o que se veio a verificar. Durante a subida de Lordelo até ao rego do
Valado, pela branda do Rodrigo, tivemos a certeza de que iríamos ter festa,
pois volta e meia, ou caía granizo ou uma mistura de neve e granizo, fazendo
prever, que para cotas mais elevadas, o divertimento seria maior. E foi, com o
acréscimo da travessia do ribeiro do Porto Cavado, com muito caudal, depois de
uma paragem na branda da Cerradinha, para meter uma bucha no estômago.
Lá nos fomos ajudando, ultrapassando
os obstáculos, e desta forma, subimos até ao poço do fojo do Sistelo. O pior
estava para vir, pois além de ripar forte, a meia encosta da Bragadela acumulava
muita neve, mas também, algum gelo. Para facilitar as coisas, o poço do fojo de
Cabreiro nunca mais aparecia, até que, depois de muito andar, lá surgiu no meio
do nevoeiro.
Regressamos, apontando ao Vidoal,
onde nos entretemos de novo com o ribeiro de Porto Cavado, que é uma linha de
água muito apreciada pelo guia. Depois de descoberto o local para a travessia, foi
tempo de fazer uma pausa no abrigo da Bragadinha.
A parte final do percurso fugia ao
estradão, atravessando a branda do Arieiro e daqui à de Lamelas, mas prevaleceu
o bom senso, optando-se e bem, por utiliza o antigo caminho florestal até ao
desvio, pela Chã da Lapa, fugindo à volta pelas alminhas do Couço. Para
terminar, os parabéns ao João por este belo percurso e aos colegas de aventura,
pela excelente companhia.